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Como a Apple ultrapassou a Microsoft e o Google

O valor de mercado da Apple ultrapassou o da Microsoft há pouco mais de um mês, o que se configura em uma fato surpreendente para uma empresa que há pouco mais de dez anos estava à beira da falência. O que a Apple fez para superar tanto Google quanto a Microsoft em termos de valor de mercado? Para responder a esta pergunta, a consultoria faberNovel elaborou um conjunto de 48 slides onde mostra a estratégia da Apple.


Com o título de "Apple: 8 passos para bater a Microsoft (e o Google)", a apresentação mostra os fundamentos estratégicos do sucesso da Apple, que incluem "a arrogância da simplicidade" (etapa 1), o processo de fidelização do consumidor (etapa 3), preços elevados de venda (etapa 4) , linha de produtos interligada (etapa 5), e, claro, pensar diferente (etapa 7).




A Apple adotou a estratégia de acabar com a complexidade dos produtos de informatica, retirando funcionalidades inúteis com o intuito de produzir produtos que sejam mais fáceis de serem usados. Além disso, a Apple segura seus clientes em sua linha de produtos, controlando todos os componentes dos seus produtos em uma linha de produção altamente verticalizada.

Apple supera Google e Microsoft


Um exemplo disso é a manutenção da Apple iTunes, que não retorna muitos lucros para a Apple, mas fazem seus consumidores voltarem constantemente. Outro aspecto: a Apple tem muito lucro vendendo hardware a preços "premium" (leia-se elevados, bem elevados...), o que lhe permitiu elevar suas margens brutas de lucro de 23% em 2001 para 40% no último ano.


Ao longo desse período, a Apple passou de uma vendedora de produtos de nicho e de computadores de alta performance para uma empresa de produtos eletrônicos de consumo de massa. Seus iPods, iPhones e iPads levam novos consumidores que turbinam as vendas dos computadores Apple Mac, os quais, evidentemente, trabalham melhor com os demais dispositivos da Apple.

Apple & Cloud Computing

Outra parte interessante da apresentação é a que ilustra a estratégia da Apple no contexto da computação em nuvem (cloud computing). A Apple iTunes foi a primeira incursão da Apple nesse tipo de abordagem, mas representa apenas uma pequena parte da estratégia.

Quando a Apple começou a colocar outros produtos como iPod, iPhone, e a Apple TV, eles foram inicialmente projetados para conectar-se ao Mac, o qual seria usado como um hub digital de conexão desses dispositivos e outros como câmeras digitais.

Entretanto, o mundo da tecnologia está indo para a era pós-PC. A era do iPhone e do iPad, uma era em que usar um computador Mac como central de conexão não faz mais sentido. Os iPhones e os iPads já são computadores poderosos, e não precisam mais dos Mac. A nova central de conexão é a nuvem (cloud computing), onde todos os dispositivos podem ser gerenciados para oferecer uma experiência computacional (reconhecimento de voz, espaço ilimitado de armazenamento, etc) melhor que qualquer computador pessoal.

O Google já é cloud computing. A Microsoft está se movendo nessa direção. E a Apple já tem uma série de produtos, como iTunes e MobileMe, o qual é apontado pela faberNovel como um produto que tende a ser tornar grátis pela Apple, em função de seu potencial de fidelização de consumidores dentro do universo Apple.

O MobileMe é uma aplicação que sincroniza todos os dados dos dispositivos móveis através da nuvem. Por qual motivo você iria armazenar suas músicas e seus filmes em seu computador pessoal se você pode usá-los em qualquer lugar se estiverem na nuvem (clud computing)?

Conclusão

A estratégia empresarial da Apple mostra que fazer o que todos estão fazendo nem sempre é o caminho para o sucesso. Em uma época em que onze em cada dez especialistas em administração falavam para terceirizar e horizontalizar a produção, a Apple seguiu o caminho contrário: verticalizou seu processo produtivo.

Além disso, quando todos diziam que hardware se transformaria em uma comoddity, e que os lucros estariam no software, a Apple mostra que suas margens de lucro quase três vezes maiores que a média do segmento decorrem sobretudo da venda de seus hardwares, a preços elevados - eufemisticamente chamados de "premium".

Evidentemente que ela só consegue isso com uma estratégia empresarial ampla e que envolve uma gama de produtos com finalidades estratégicas diferentes: do iTunes que dá pouco lucro mas mantém os consumidores no universo Apple aos iPhones e iPads que levam mais e mais consumidores aos Mac, e ainda respondem pelos elevados lucros.

Fonte: TechCrunch

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