Review by Soullforged
Radeon 4200 - 800x600 - low
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1. INTRODUÇÃO
Com as novas arquiteturas da AMD prestes a entrarem no mercado, as placas AM3 finalmente se popularizaram no segmento desktop no Brasil, oferecendo uma boa opção de compra atualmente. Temos placas em todos os segmentos de preços, desde baixo até altíssimo custo, disponibilizando toda uma gama de materiais para os geeks de plantão.
Em um mercado dominado por northbridges AMD e Intel para suas respectivas plataformas, a Nvidia ainda resiste bravamente (apesar de ter anunciado já há tempos o fim da pesquisa e desenvolvimento em torno de chipsets) oferecendo ainda boas opções para o socket 775, que continua liderando as vendas da Intel, bem como para AM2/AM2+ da AMD que ainda se encontram no mercado.
Vale ressaltar que Intel não renovou licenças desde o lançamento do chipset x58 para que a Nvidia pudesse produzir chipsets para os Core i7. Isto tem sido motivo de birra entre as duas empresas com acusação de ambos os lados, o que recentemente culminou com uma sentença violenta do FTC sobre a Intel. No caso de chipsets para processadores AMD, a Nvidia desistiu da pesquisa e desenvolvimento porque vinha obtendo lucratividade, em parte, culpa da ótima geração de IGP’s (Integrated Graphics Processor) da família Radeon 7xx.
Brigas mercadológicas a parte, a placa-mãe em tela (ECS MCP61M-M3) por mais incrível que pareça é uma legítima AM3, suportando processadores Phenom II, Athlon II e Sempron 140 (observado o TDP dos mesmos) e memórias DDR3 800/1066/1333mhz. A placa, como o próprio nome diz, é composta pelo Nvidia MCP61P (NVIDIA GeForce 6150SE/nForce 430), lançado em 2006, e ainda hoje utilizado em placas de baixo custo para processadores AMD. O MCP (media and communications processors), caso o leitor do Notícias Tecnológicas não lembre, concentra funções de northbridge e southbridge no mesmo chip, simplificando de forma significativa o design da placa-mãe.
Como qualquer placa de baixo custo a ECS MCP61M-M3 não traz grandes recursos, mas é ideal para a montagem de PC’s pra quem está com o orçamento apertado, fazendo um belo conjunto com um Athlon II e uma VGA como a ATI Radeon 5670 ou Nvidia Geforce GT240.
2. A ECS MCP61M-M3
Como dito anteriormente, a ECS MCP61M-M3 é uma placa AM3 com suporte a processadores de 45nm da AMD (Phenom II, exceto 920 e 940; Athlon II e Sempron da série 100) e memórias DDR3 até 1333mhz. O layout da placa é constituído de forma simples. Destaco aqui que ao instalar uma placa de vídeo de grande porte, você provavelmente terá problema para utilizar os conectores SATA, o que deve ser minorado com o uso de cabos com conector horizontal, que infelizmente não são disponibilizados no pacote da placa mãe.
A MCP61M-M3 possui apenas dois slots de memória RAM. No site do fabricante consta a informação de que o máximo de memória testado foi de 4GiB, o que deve ser suficiente para a maioria das aplicações por alguns anos, tendo em vista também o preço impeditivo de módulos superiores a 2GiB de memória RAM.
O Chipset Integrado MCP61P está localizado próximo as portas SATA e como usa um dissipador passivo de tamanho pequeno não impede a instalação placas nos slots PCI e PCI-E 16x. Porém, os fabricantes de placas-mãe normalmente utilizam dissipadores subdimensionados nos chipsets dos produtos de baixo custo, o que faz com que eles esquentem muito e possam causar desligamentos esporádicos, além de outros problemas menos comuns. No caso do MCP61P, sua temperatura chega facilmente aos 70ºC caso não seja instalada alguma ventoinha auxiliar.
Uma ventoinha (fan) de 4 cm sobre o dissipador resolve o problema diminuindo sua temperatura em aproximadamente 20ºC, porém impede a instalação de uma VGA mais parruda. O que pode ser feito é o uso de uma ventoinha auxiliar colada no próprio gabinete refrigerando o dissipador passivo de forma satisfatória. A troca do dissipador por um melhor também apresenta o inconveniente de impedir o uso de uma VGA.
O painel traseiro da ECS MCP61M-M3 é bastante simples, apresentando conectores PS2 para teclado e mouse; além de quatro portas USB 1.1/2.0; uma porta serial COM1; um conector d-sub (VGA), uma entrada RJ45, controlada por um chip Realtek 8102EL-GR 10/100 e áudio (Line-in, Line-out, Mic-in) de alta definição controlado pelo chip VIA® VT1705 de 6-canais.
Em relação ao VRM (Voltage regulator module) da placa, fomos surpreendidos positivamente com o fato de que o mesmo apresenta capacitores sólidos, o que é extremamente desejável para esta que é uma das áreas mais críticas em termos de temperatura numa placa-mãe.
Um fato bastante engraçado é que tanto no site, quanto no manual constam a informação que esta placa-mãe só suporta CPUs de 95w, porém no “CPU support list” aparecem o Phenom II 945 (C2), bem como o Phenom II 955BE (C2) que possuem TDP de 125w. Por via das dúvidas, como tínhamos um 955BE disponível resolvemos testá-lo e a placa iniciou normalmente, inclusive sem redução de clock ou qualquer outra limitação. Atente para o detalhe para o nosso 955BE é da revisão C3.
No box da ECS MCP61M-M3 estão os acessórios básicos como espelho traseiro, manual (em inglês), DVD contendo drivers e aplicativos proprietários, um cabo sata, um cabo pata (IDE) e um folheto explicativo com esquema de montagem. Nada além do estritamente necessário para o funcionamento da placa.
3. ESPECIFICAÇÕES
3.1 - Motherboard
3.2 – Chipset
4. BIOS SETUP
A BIOS da ECS MCP61M-M3 é o padrão mais comum da AMI com fundo todo azul e letras brancas, onde você navega a partir das setas de navegação utilizando [ENTER] para entrar nos menus e [ESC] para retornar às opções anteriores. Com as configurações padrão, a placa permite o início do sistema sem necessitar de qualquer alteração. A interface de HD Sata já vem ativada como default, sendo necessária alguma modificação apenas para a instalação de HDs em RAID. Iremos nos deter em alguns menus mais importantes.
Em “Advanced Setup” encontramos as opções de definição de freqüência do HyperTransport, que por limitação do chipset MCP61P funciona a 1000mhz. Encontramos também a opção de ativação/desativação do recurso “cool’n’quiet” que diminui a freqüência e voltagem do processador quando ocioso. Além da ordem de boot do sistema, temos uma opção chamada ECS eJIFFY Funcion que serve para ativar/desativar um mini-sistema operacional proprietário, baseado em Linux, disponibilizado após o post, com algumas opções básicas de navegação e entretenimento. Vale frisar que tanto o eJIFFY da ECS, quanto o Asus Express Gate necessitam da instalação do sistema operacional para posterior configuração do mini-sistema, algo que a nosso ver invalida sua necessidade de existir.
De qualquer forma testamos o sistema. De início gostamos do fato de que ele reconhece automaticamente redes wireless disponíveis, permitindo conexão sem precisar de configurações extras. O mesmo possui um navegar, provavelmente baseado no Firefox, dado a semelhança com a raposa, além de configuração do teclado, data e hora, exibição de fotografias como slides, e mais alguns penduricalhos. Realmente nada de excepcional e ao desativá-lo você não sentirá nenhuma falta.
Em “Advanced Chipset Setup” encontramos as opções de configuração de memória, tais como freqüência, timings e a opção “DCT Unganged Mode” que serve para fazer com que o canal dual-chanell funcione como 128bits ou 64bits+64bits. Lembramos que para que memórias possam ser configuradas em “ganged” é necessário que sejam idênticas e preferencialmente do mesmo lote. A placa não possui opção de alteração da voltagem das memórias utilizando como padrão 1,5v e ajustando automaticamente os timings e freqüências para dentro desta voltagem.
No menu “Frequency/Voltage Control” encontramos uma das coisas mais insanas que se pode ver numa placa mãe de baixo custo: ajustes de voltagem para o CPU, bem como ajuste de freqüência no northbridge interno. É interessante notar que uma placa como esta possui uma opção (ajuste do NB interno) que placas como a ECS A790GXM-A (top de linha da empresa para socket AM2+) não possuem. O que nos deixa a pensar qual o critério que a ECS usa para programar suas BIOS. Daí decorre uma pergunta básica: 1) Qual a utilidade de um controle de freqüência do northbridge interno se não há opção de alteração do clock base, nem opção de controle de voltagem do NB interno, que permita overclocka-lo?
Bem, mas as surpresas não acabam por aqui. Chegamos à conclusão óbvia de que opções de overclock só aparecem se o CPU utilizado for um black edition, isto é, se tiver multiplicador destravado para cima. Se você tentar usar um processador não BE as opções de overclock desaparecem, pois esta motherboard não permite alteração do clock base, que é a única forma de overclockar o processador, na ausência de multiplicadores desbloqueados. Enfim, mais uma coisa que apenas os engenheiros e programadores da ECS podem explicar...
5. TESTES
Apesar de não ser uma placa voltada para overclock, decidimos testar até onde a ECS MCP61M-M3 mantém o Phenom 720BE funcionando estavelmente com as poucas opções disponíveis para overclock.
5.1 - Configuração de Hardware
• BIOS da placa-mãe: 28/05/2010
• Revisão da placa-mãe: 1.0
• Processador: AMD Phenom II X3 720BE
• Memória: 4GiB (2x2GiB) OCZ Intel Extreme Edition XMP 1333 (configurada com timings 7-7-7-16-27-1T @1066mhz).
• Disco rígido: Samsung HD322HJ 7200.10 320 GB Sata II
• Placa de vídeo: GF6100 onboard (Drivers: Nvidia 258.96) /ATI Radeon 5670 (Catalyst 10.7)
• Fonte de alimentação: Corsair CMPSU-400CX 400w
• Cooler do processador: Cooler box AMD com heatpipes.
5.2 – Testes de overclock
Clique na imagem para ampliar
Após algumas tentativas resultando em congelamentos do sistema, conseguimos estabilizar o Phenom 720BE em 3,3ghz, utilizando 1,425v. A placa disponibiliza opções de alteração de voltagem que vão de 1,2 a 1,55v, em intervalos de 0,025v. Por outro lado, este mesmo processador já foi utilizado para outros testes, sendo possível chegar a 3,6ghz com 1,55v na Asus M4A79T Deluxe.
Mas não é um mal resultado para a ECS MCP61M-M3, porém demonstra claramente que placa não tem como vocação principal o overclock. Observamos também um considerável aumento de temperatura do VRM (no teste do dedo) enquanto utilizávamos o Prime95, e por via das dúvidas colocamos uma ventoinha sobre o mesmo, já que não há dissipador passivo sobre os mosfets controladores de tensão.
Mas não é um mal resultado para a ECS MCP61M-M3, porém demonstra claramente que placa não tem como vocação principal o overclock. Observamos também um considerável aumento de temperatura do VRM (no teste do dedo) enquanto utilizávamos o Prime95, e por via das dúvidas colocamos uma ventoinha sobre o mesmo, já que não há dissipador passivo sobre os mosfets controladores de tensão.
5.3 – Testes Gerais
Rodamos alguns testes para saber o que o Geforce 6150 ainda é capaz de fazer, e claro sabíamos que não seria muita coisa.
Com o 3D Mark 06 conseguimos o singelo resultado de 540 pontos. Rodamos também o benchmark do Resident Evil 5, já que o vídeo onboard é compatível do DirectX® 9, Shader Model 3.0. Seguem abaixo os resultados:
GF6100 - 800x600 - low
Com uma taxa média de 6.8fps, vemos que é impossível colocar qualquer jogo atual pra ser executado de forma satisfatória no valente MCP61P. Notem a ironia da imagem: os resultados do vídeo são condizentes com a situação do Chris na mão Executor.
Para efeito de comparação, rodamos o mesmo benchmark numa placa equipada com o AMD Radeon 785G, configurado para 256MiB (128 sideport + 128 ram) em DirectX 9.C, com resolução em 800x600 com todos os detalhes no mínimo (da mesma forma que foi executado o teste com o MCP61P).
Radeon 4200 - 800x600 - low
Como é possível perceber, o jogo rodando no IGP 785G é perfeitamente jogável (caso você considere 800x600 e detalhes no mínimo como parâmetros aceitáveis). Mas vamos concordar que pegamos pesado com Geforce 6150. O mesmo está mercado há muito mais tempo que o 785G. Infelizmente não temos disponível um IGP Geforce 8200 que foi o último (e mais “poderoso”) IGP lançado para processadores AMD, tendo em vista que o Geforce 9300, que fazia frente ao 780G, só foi disponibilizado para placas com processadores Intel.
Efetuando o teste em questão com uma Radeon 5670 o patamar de qualidade vai para outro nível. Executamos os testes com duas configurações, sendo uma a configuração anterior citada para os vídeos onboards, e outra em 1600 x 900, com todos os detalhes no máximo, sem AA, e com desfoque gaussiano ativado.
Radeon 5670 - 800x600 - low
Radeon 5670 - 1600x900 – high, no AA + desfoque gaussiano
Executamos ainda um teste de jogabilidade em um jogo antigo (Prince of Persia: Sands of Time de 2003) pra ver o que o Geforce 6100 pode oferecer a jogadores casuais. Mesmo neste caso foi preciso diminuir a resolução do jogo para 800x600 com detalhes médios para atingir uma jogabilidade aceitável com média de 30fps.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ECS MCP61M-M3 é a placa AM3 legítima mais barata que se pode encontrar no mercado. O northbridge dos processadores funciona em sua plenitude (2000mhz), bem como só aceita memórias DDR3. Não deixa de ser interessante notar como um chipset lançado há alguns anos, continua sendo capaz de suportar os processadores mais atuais da AMD disponíveis no mercado, observando claro o TDP dos mesmos, além de algumas limitações como o suporte ao HT 1.0 que faz com que ele funcione a 1000mhz.
Apesar da placa só ser certificada para CPUs de 95w, iniciou bem com o Phenom 955BE, porém não executamos testes de tortura para saber se ela se portaria bem em condições de estresse. Aconselhamos neste caso a não usar um processador de 125w e optar pelo modelo Phenom II 945 da revisão C3 que tem TDP de 95w ou Athlons II X4 da série 6**, onde há modelos entre 2,6ghz e 3,1ghz totalmente compatíveis com a placa.
Por ser a motherboard mais barata que se pode conseguir para socket AM3, com preços variando entre R$ 150,00 e 180,00, ela se porta inteiramente compatível com investimento. Então no caso de você decidir montar um PC de baixo custo, como este que foi testado (Athlon X4 620 + ECS MCP61M-M3 + Radeon 5670 sai por cerca de R$ 680,00 reais, apesar de que utilizamos um Phenom 720BE por causa dos testes de overclock), você terá uma boa jogabilidade, claro que sem filtros e em determinadas situações tendo que reduzir a resolução do jogo.
Por fim, indicamos a placa a quem quer montar um PC básico e está dispondo de poucos recursos, pois pela nossa análise, vale mais a pena investir em uma placa mãe relativamente barata e gastar dinheiro na placa de vídeo (que é quem realmente faz diferença num PC para jogos e entretenimento). Por outro lado, não podemos indicar esta placa para um HTPC, há menos que você pretenda adquirir uma placa de vídeo como a Radeon 4550 ou mesmo uma Geforce GT210 para lhe permitir asssistir vídeos em alta definição.
Como a placa não possui opções de overclock através do clock base, aconselhamos processadores com clock alto, a exemplo do Athlon II X2 250, X3 435 ou X4 640, todos na faixa dos 3,0ghz, neste caso reduzindo a necessidade de overclock para empurrar placas de vídeo low e mid-end.
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Review elaborado pelo nosso amigo Soullforged
Amigo, bom dia
ResponderExcluirvocê pode me informar os detalhas dessa placa de vídeo ati 5670 que vc testou a placa,
pois eu coloquei uma placa parecida a ati 6670
1gb ddr 5 e a placa de vídeo não está funcionando nela, já testei em outra máquina e ela funciona numa boa!
Amigo, vc poderia me dizer como é a colocação dos conectores de led e do painel do gabinete dessa placa? Montei um PC e não consegui ligar. Tudo ta ok, menos os conectores que não ligam nada.
ResponderExcluiragradeço sua colaboração.
Eduardo Araújo
gostaria de saber se essa plca e compativel com fx 6300 six core da amd obrigado aguardo resposta bene-night@hotmail.com
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