Nos dias 26 e 27 de janeiro eu estive presente no evento "Campus Party" - edição 2010. Confesso que nunca tinha me interessado pelo "evento", mas, este ano, por questões profissionais, fui obrigado a ir. Um aspecto que me deixou surpreso foi constatar que o "evento" que se proclama o "maior evento de TI do planeta" não conta com a presença de expositores como AMD, ARM, nVIDIA, ATI, IBM entre outros pesos pesados mundiais que criam a Tecnologia da Informação.
Nesse sentido, a Campus-Party não agrega contribuição ao profissional de TI, tendo em vista que não estão presentes no evento os principais temas e tecnologias que irão delinear o mercado de TI nos próximos anos. Discussão sobre Computação Heterogênea? Não, nada.
Debates sobre novas arquiteturas de micro-processadores? Nem sinal. Artigos e forums sobre GPU (Graphics Processor Unit) ou de sua integração com as CPU (Central Processo Unit)? A Campus-Party, pelo jeito, nem sabe que existe. Novos processos litográficos? Nem vestígio de discussão. OpenCL? Também não. GPGPU? Esquece. IPv6? Nadinha. (atualização: conforme me chamou a atenção o André, existiu sim uma palestra sobre IPv6).
Debates sobre novas arquiteturas de micro-processadores? Nem sinal. Artigos e forums sobre GPU (Graphics Processor Unit) ou de sua integração com as CPU (Central Processo Unit)? A Campus-Party, pelo jeito, nem sabe que existe. Novos processos litográficos? Nem vestígio de discussão. OpenCL? Também não. GPGPU? Esquece. IPv6? Nadinha. (atualização: conforme me chamou a atenção o André, existiu sim uma palestra sobre IPv6).
Entretanto, essa completa ausência de discussões técnicas sobre TI em um "evento" que se proclama como de TI não é a única deficiência. O nível de "organização" do evento é deplorável. Quando cheguei ao evento, apresentei minha identificação, recebi uma credencial para transitar dentro do Campus. Ocorre que, depois, constatei que esse tipo de credenciamento não serve para nada: na semana seguinte à participação no evento, enviei um e-mail à "organização" da Campus Party solicitando os meus registros de frequencia. Qual não foi minha surpresa ao receber, de volta, a informação de que eles não tinham esse tipo de informação.
Ou seja, o "evento" de TI Campus Party não tem, em seu processo de organização, o mais básico do básico: um banco de dados com informações sobre os participantes. Evidentemente, que se nem isso a Campus Party tem, imagine discussões aprofundadas sobre TI.
Na realidade, as imagens que ilustram esse post são do evento "Campus Party". Como se pode observar, é isso que a "Campus Party" entende como Tecnologia da Informação. Depois disso, fica claro que a organização errou na data do evento. Deveria tê-lo programado para coincidir com o Carnaval, tendo em vista que é o ambiente mais adequado para o que a Campus-Party acredita ser TI. E, de quebra, a organização não precisaria perder tempo com detalhes como controle de frequencia de participantes (eles poderiam usar o sistema de controle de frequencia da organização do Carnaval - que funciona), o que faria sobrar mais tempo para eles poderem fazer esse tipo de TI que é mostrado nestas imagens.
E ae rapaz, tudo bem?
ResponderExcluirAchei interessante seu post e concordo "quase" que plenamente com o seu comentário. Sim, a organização é precária e sim não há grandes players do mercado por lá (mas se você olhar direitinho teve palestra de IPv6 na grade sim).
No entanto você não pode querer comparar o Campus Party com um TechEd por exemplo (que se encaixa no tipo de evento que você estava esperando).
Dá próxima vez que você se deparar com um evento que pretende ir acho que você deveria pesquisar um pouco melhor sobre ele, ver quais são suas origens e qual a idéia por trás.
Se você tivesse pesquisado um pouco você certamente entenderia que na Campus Party há um concurso de Case Mods (daí esses desktops carnavalescos), e também saberia que o público majoritário desse evento não é um pessoal que vai lá para um networking "profissional" (não cabe a mim discutir as razões de cada um).
Grande abraço!